Pra que qualquer organismo exista e se sustente é preciso que exista uma base, uma força, tanto física quanto espiritual. Mesmo que essa força não esteja visível ela é a cola, o DNA daquela estrutura. Se eu pudesse definir o DNA da família que tenho, que reconheço e me orgulho, ele se chama Luci. Minha tia Luci, nossa tia Luci, nosso porto seguro, nosso ponto de saída e chegada, nosso marco zero. Meu marco zero. O amor e a segurança que ela me deu ao longo da vida são responsáveis por tudo que sou. Ela foi meu oráculo, meu colo, meu Google. Além de tudo é a imagem de afeto, de força, de inteligência, de jogo de cintura e de firmeza. Com ela não tinha frescura ou “cavilação”, como ela mesma dizia. Até levar bronca dela era bom.
Hoje essa instituição deixa esse mundo e deixa também uma legião de filhos que ela tomou conta até hoje. O mundo sem tia Luci precisa se reconfigurar. Nos seus 101 anos de vida ela deu um contorno pra todos nós, mesmo sem estar presente no nosso dia a dia. Sem ela agora a gente tem que reorganizar e guardar tudo que ela deixa no centro da nossa existência. E isso vai nos alimentar e vai nos fazer lembrar e celebrar essa pessoa tão importante, tão única, tão agregadora.
Hoje
@gustavoalbertogueiros perdeu sua mãe biológica mas o resto da família também fica órfão. Hoje o céu vai abrir as portas pra um espírito muito especial. O povo que já se foi deve estar esperando por ela pra que ela resolva todas as pendências do lado de lá. Sorte deles. A gente aqui fica com a infinidade de ensinamentos que ela nos deu.
Tia Luci, vai em paz e pode ter certeza de que você mora aqui na gente pra sempre. Cada banho de chuva que eu tomar vai ser sempre em sua homenagem.
Com meu amor e agradecimento infinitos, Maria.