A curadoria dessa edição ficou a cargo de @wara.____ , cineasta e roteirista especializade em Direção de Ficção pela EICTV; e @izabelfcmelo, doutora em meios e processos audiovisuais, professora e pesquisadora; sob a coordenação artística de @aline.furtados, artista pesquisadora e educadora.

𝗦𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗼 𝘁𝗲𝗺𝗮 𝗱𝗲𝘀𝘁𝗮 𝗲𝗱𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼:
“Olhe ao seu redor. Nós estamos em todo lugar. Observe as pessoas que cruzam seu caminho. Leia, se puder, o nome das ruas por onde passa. Veja nos portões de ferro das casas – os signos que dizem a quem sabe: “volte e pegue!”. Ouça essa música que toca ao longe e se espalha pelo mundo e leva os corpos a se entregarem ritmados à experiência pelos pés. Pois, como afirmou o pajé Barbosa: a gente não pode esquecer que negros e indígenas dançam a mesma pisada. Anunciamos a ruptura com a noção de invisibilidade na perspectiva do que não é visto, dada a expectativa do que se espera ver, como circunscrição colonial da visibilidade, para acolher o chamado do pajé para lidar com a dimensão sagrada do que não pode ser visto, mas nos guarda e protege. 

Enxergar no escuro os caminhos para a ampliação de nossas percepções. Reafirmar a construção de espaços que sejam capazes de acolher nossa pluralidade, nossas lutas, nossas sensibilidades criativas, nossas culturas, nossas resistências. A nós que fazemos a 𝐈𝐧𝐟𝐢𝐧𝐢𝐭𝐚, interessa encontrar meios de honrar a herança ancestral negra e indígena, não como um traço histórico do passado, mas como orientação dos antepassados para o futuro que estamos construindo. Afinal, reconhecemos que os cinemas negros e indígenas, instauram a partir de suas linguagens, práticas criativas, estéticas e estratégias discursivas, um regime de intersecção entre os tempos de resistência. 

Nesta edição, nos propomos a pensar os cinemas negros e indígenas como manifestação de uma presença que se faz múltipla, variável e complexa. Que é capaz de reposicionar os ativos das lutas das que nos antecederam e gestar novos espaços para reterritorializar o cinema para além de seus códigos.”

𝘈𝘯𝘢 𝘈𝘭𝘪𝘯𝘦 𝘍𝘶𝘳𝘵𝘢𝘥𝘰
Coordenadora artística 4ª INFINITA
A curadoria dessa edição ficou a cargo de @wara.____ , cineasta e roteirista especializade em Direção de Ficção pela EICTV; e @izabelfcmelo, doutora em meios e processos audiovisuais, professora e pesquisadora; sob a coordenação artística de @aline.furtados, artista pesquisadora e educadora. 𝗦𝗼𝗯𝗿𝗲 𝗼 𝘁𝗲𝗺𝗮 𝗱𝗲𝘀𝘁𝗮 𝗲𝗱𝗶𝗰̧𝗮̃𝗼: “Olhe ao seu redor. Nós estamos em todo lugar. Observe as pessoas que cruzam seu caminho. Leia, se puder, o nome das ruas por onde passa. Veja nos portões de ferro das casas – os signos que dizem a quem sabe: “volte e pegue!”. Ouça essa música que toca ao longe e se espalha pelo mundo e leva os corpos a se entregarem ritmados à experiência pelos pés. Pois, como afirmou o pajé Barbosa: a gente não pode esquecer que negros e indígenas dançam a mesma pisada. Anunciamos a ruptura com a noção de invisibilidade na perspectiva do que não é visto, dada a expectativa do que se espera ver, como circunscrição colonial da visibilidade, para acolher o chamado do pajé para lidar com a dimensão sagrada do que não pode ser visto, mas nos guarda e protege. Enxergar no escuro os caminhos para a ampliação de nossas percepções. Reafirmar a construção de espaços que sejam capazes de acolher nossa pluralidade, nossas lutas, nossas sensibilidades criativas, nossas culturas, nossas resistências. A nós que fazemos a 𝐈𝐧𝐟𝐢𝐧𝐢𝐭𝐚, interessa encontrar meios de honrar a herança ancestral negra e indígena, não como um traço histórico do passado, mas como orientação dos antepassados para o futuro que estamos construindo. Afinal, reconhecemos que os cinemas negros e indígenas, instauram a partir de suas linguagens, práticas criativas, estéticas e estratégias discursivas, um regime de intersecção entre os tempos de resistência. Nesta edição, nos propomos a pensar os cinemas negros e indígenas como manifestação de uma presença que se faz múltipla, variável e complexa. Que é capaz de reposicionar os ativos das lutas das que nos antecederam e gestar novos espaços para reterritorializar o cinema para além de seus códigos.” 𝘈𝘯𝘢 𝘈𝘭𝘪𝘯𝘦 𝘍𝘶𝘳𝘵𝘢𝘥𝘰 Coordenadora artística 4ª INFINITA
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