Em 2007, recém-saído da faculdade, dirigi uma montagem acadêmica do primeiro musical que traduzi na vida. Mal sabia eu que o meu futuro estava sendo traçado ali. Logo nas audições, fui surpreendido pelo talento arrebatador de uma menina chamada Vânia Canto (que num desses casos de simetria perfeita do universo, nasceu com esse sobrenome mesmo). O impacto daquela modesta montagem trouxe a ligação inusitada de um certo Tiago Abravanel, que me convidou para traduzir um musical que ele queria produzir e estrelar. Na primeira reunião do projeto, conheci Rafael Villar, que seria o nosso diretor musical. Na segunda, conheci Tinno Zani e Thaís Uessugui. O projeto não saiu, o tempo passou, amizades se fortaleceram, carreiras floresceram e uma nova oportunidade surgiu. “Hairspray” é fruto de anos e anos de sonhos acalentados por esses artistas e tenho o privilégio de fazer parte disso num momento em que essa história tem uma relevância ainda maior. A primeira parada é o Rio, cidade em que meus pais cresceram e onde sempre me senti em casa (e onde finalmente vou ter um espetáculo em cartaz depois de mais de uma década de tentativas frustradas). A segunda será São Paulo, justamente na Av. Brigadeiro Luís Antônio, onde toda essa história começou com aquela montagem acadêmica e onde tive a primeira reunião com o Ti e o Rafa. O universo é mesmo perfeito. Amigos, que orgulho gigante de vocês! Vânia, minha amiga, parceira e irmã, “o mundo vai ver quem venceu”! ❤️